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FOI CONFIRMADO: Goleiro Bruno acabou sendo

Depois de 14 anos marcado por uma das histórias mais trágicas do noticiário brasileiro, Bruninho Samudio quebrou o silêncio e falou, pela primeira vez, sobre seu pai biológico: Bruno Fernandes, ex-goleiro do Flamengo, condenado pelo assassinato da modelo Eliza Samudio, sua mãe.
A revelação aconteceu durante uma entrevista com Geraldo Luís, no programa Geral do Povo, da RedeTV!.

Bruninho, agora um adolescente em fase de descobertas e conquistas, emocionou o país com sua postura firme, sensata e comovente. Ao lado da avó e tutora legal, Sônia Moura, ele abordou com maturidade e serenidade o crime que o tornou conhecido ainda bebê — e revelou que quer ser lembrado por suas próprias escolhas, não pela tragédia que o gerou.

“Ele era bom goleiro, mas uma pessoa ruim”: a frase que o Brasil inteiro ouviu com o coração apertado

Durante a entrevista, Geraldo Luís perguntou o que Bruninho pensa sobre o pai biológico. A resposta, curta e poderosa, atravessou as telas:
“Ele era bom goleiro, mas uma pessoa ruim.”
Bruninho afirmou que não sente ódio por Bruno Fernandes, apenas pena. A fala surpreendeu pelo equilíbrio emocional de um garoto que, ao nascer, foi envolvido em um dos crimes mais cruéis da história recente do país.

Em 2010, Eliza Samudio, com apenas 25 anos, desapareceu após denunciar Bruno por agressões e por forçá-la a tomar remédios abortivos. Ela lutava para que o então goleiro reconhecesse Bruninho como filho legítimo. Segundo a Justiça, o crime foi premeditado. Bruno foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. O corpo de Eliza nunca foi encontrado.

Bruninho cresceu sob os cuidados da avó materna, longe dos holofotes, protegido da exposição midiática. Hoje, mais maduro e ciente de sua trajetória, escolheu falar — e sua fala ecoa como um pedido de liberdade: liberdade para viver sem o peso do passado.

O garoto que venceu o destino: Bruninho estreia como jogador profissional no Athletico-PR

Apesar de seu nome estar associado a uma tragédia, Bruninho começa a escrever um novo capítulo — desta vez, com as próprias mãos (ou melhor, com os próprios pés). Em 2024, ele assinou seu primeiro contrato profissional com o Athletico Paranaense, clube de elite na formação de jovens atletas no Brasil.

Com 1,88 metro de altura, talento e dedicação nos treinos, Bruninho vai atuar nas categorias sub-14 e sub-15, sob o olhar atento de olheiros e treinadores. Seu desempenho tem sido elogiado, e seu nome já desperta expectativas positivas no cenário do futebol de base.

Mais do que um contrato, este momento simboliza algo maior: a transformação da dor em força, da sombra em luz. Ele não quer ser “o filho de Eliza” ou “o filho do goleiro assassino”. Ele quer — e merece — ser reconhecido pelo que está construindo.

“Quero ser lembrado pelo que eu vou conquistar”: o renascimento de uma história

A entrevista marcou um divisor de águas na vida de Bruninho. Pela primeira vez, o Brasil viu mais do que uma vítima de um crime bárbaro. Viu um jovem forte, lúcido e pronto para viver sem as correntes do passado.
“Quero que as pessoas me conheçam pelo que eu sou, pelo que eu vou conquistar. Não apenas pela história da minha mãe”, afirmou.

A frase, carregada de verdade e coragem, revela a essência de um adolescente que, mesmo sem querer, foi lançado a um enredo de dor, mas escolheu protagonizar uma nova história.
Sônia Moura, sua avó e guardiã, é peça fundamental nessa reconstrução. Desde o desaparecimento de Eliza, ela tem sido a voz ativa pela memória da filha e pela proteção do neto. Sua luta incansável é também símbolo de resistência feminina diante da violência contra a mulher.

Bruninho não busca vingança, nem aplausos fáceis. Ele busca dignidade, reconhecimento e liberdade para sonhar. E a cada treino, a cada passo no campo, ele se afasta do trauma e se aproxima do que realmente quer ser: um jogador respeitado, um homem de caráter, um legado de superação.

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