Após ser colocado em cela com outros 6 presos, chega notícia sobre o homem que agrediu covardemente namorada em elevador

Igor Cabral é colocado em cela comum após agressão brutal à namorada — e pode estar na mira de criminosos
Após agredir violentamente sua namorada com mais de 60 socos dentro de um elevador, o ex-jogador da seleção brasileira de basquete 3×3, Igor Eduardo Cabral, foi preso e já está detido em uma cela comum com outros seis detentos. O caso, que chocou o país, ganhou ainda mais repercussão após a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap-RN) negar o pedido da defesa por uma cela individual para o atleta.
Defesa pede cela isolada, mas Justiça nega por “falta de estrutura”
A solicitação da defesa foi baseada no argumento de que Igor está correndo risco de sofrer represálias de outros presos devido à grande repercussão do caso nas redes sociais, aplicativos de mensagens e veículos de imprensa. O crime, registrado por câmeras de segurança, gerou revolta nacional.
Apesar da argumentação, a Seap foi categórica: o pedido não será atendido. Segundo a nota oficial, o sistema prisional do estado não possui estrutura para oferecer cela individual apenas por motivo de notoriedade do crime. Ainda segundo a pasta, essa medida só seria aplicada em situações disciplinares específicas, o que não se enquadra no caso de Igor.
No momento, o ex-atleta está em uma unidade de triagem, etapa inicial do sistema prisional onde os presos permanecem por um período antes de serem alocados em presídios definitivos. Após essa fase, ele será transferido para uma cela comum, sem qualquer tipo de regalia, como já acontece com outros detentos.
Família de Igor recebe ameaças e defesa pede respeito
O clima fora da cadeia também é tenso. Advogados de Igor afirmaram que a família do ex-jogador tem sido alvo de ameaças desde que o vídeo da agressão veio a público. Parentes próximos estariam recebendo mensagens ofensivas, ameaças diretas e até intimidações por meio das redes sociais.
Em nota oficial, os representantes legais do atleta pediram compreensão da população e respeito à privacidade dos familiares, que, segundo eles, não têm qualquer relação com o crime.
“A dignidade da família precisa ser preservada. Eles não têm culpa de nada”, afirmou o comunicado.
A defesa teme que o linchamento moral virtual possa ultrapassar limites e gerar situações perigosas contra pessoas inocentes. Ainda assim, o apelo tem encontrado pouco eco diante da comoção pública em torno do caso.
Grupos criminosos estariam planejando ataque no presídio
Para agravar ainda mais a situação, surgiram informações — ainda não confirmadas oficialmente — de que traficantes da região de Natal estariam organizando um possível ataque a Igor Cabral dentro do sistema prisional.
Segundo relatos que circulam em grupos de WhatsApp, criminosos estariam convocando ações para linchar o ex-atleta assim que ele for transferido para o presídio definitivo. As autoridades ainda não se pronunciaram formalmente sobre essas ameaças, mas o clima é de extrema tensão.
Fontes extraoficiais indicam que a inteligência penitenciária está monitorando esses boatos, embora nenhuma medida extraordinária de segurança tenha sido anunciada até o momento.
Justiça ou vingança? O “tribunal das redes” entra em ação
A comoção nacional causada pela agressão a Juliana Garcia, namorada do ex-jogador, alimenta uma onda crescente de indignação pública e julgamentos nas redes sociais. Nas últimas semanas, casos semelhantes têm sido amplamente divulgados, levantando debates profundos sobre feminicídio, impunidade e justiça social.
Entretanto, a reação popular, por mais compreensível que seja do ponto de vista emocional, também acende um alerta: até que ponto a justiça pelas próprias mãos deve ser tolerada? O risco de linchamento, físico ou moral, aponta para um sistema em colapso, onde a punição legítima parece insuficiente para a sociedade.
Esse “tribunal virtual” age rapidamente, muitas vezes à base da revolta coletiva e da sede de justiça instantânea. E embora muitos defendam que agressores de mulheres devem pagar severamente por seus crimes, a segurança no sistema prisional — e o respeito aos direitos humanos, mesmo dos condenados — permanece uma obrigação do Estado.