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Bolsonaro depõe no STF e desafia clima de tensão: “Não me preparo para prisão”

Em meio à crescente tensão que envolve o inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao centro dos holofotes com declarações que misturam desafio, ironia e aparente tranquilidade.

Na última terça-feira (25), Bolsonaro prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que investiga articulações para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, após as eleições de 2022. E deixou claro: “Não tem por que me condenar. Estou com a consciência tranquila.”

Depoimento tenso, mas estratégico

Durante a oitiva conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro negou qualquer envolvimento em plano golpista. A linha adotada por sua defesa foi clara: tudo foi feito “dentro das quatro linhas da Constituição”.

De acordo com o ex-presidente, as reuniões com comandantes militares foram legítimas e ocorreram dentro dos limites legais. Ele ainda minimizou os encontros, afirmando que não passou de conversas formais com lideranças das Forças Armadas.

“As Forças Armadas cumprem missões legais. E missão ilegal, elas não cumprem”, declarou. A fala foi uma tentativa de reforçar a tese de que não havia nenhuma conspiração institucional em curso.

Conselho da República e o discurso da legalidade

Outro ponto central do depoimento foi a alegação de que Bolsonaro nunca chegou a convocar o Conselho da República, mecanismo previsto para decretar estado de sítio ou medidas emergenciais.

Para a defesa, essa informação desmonta a narrativa de que existia um plano concreto para impedir a posse de Lula. “Se não houve convocação oficial, não há argumento que sustente um suposto golpe”, disse um dos advogados de Bolsonaro, nos bastidores.

Esse argumento visa construir uma imagem de comprometimento com a Constituição, reforçando que todas as atitudes tomadas pelo ex-presidente foram pautadas na legalidade — ainda que controversas do ponto de vista político.

Prisão é improvável, por enquanto

Apesar da pressão crescente por parte da opinião pública e de setores da esquerda, a prisão de Bolsonaro é vista como improvável neste momento.

Fontes jurídicas indicam que não houve comportamento desrespeitoso durante o depoimento, nem surgiram provas materiais que justifiquem uma prisão preventiva. A Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda avalia o caso, mas especialistas acreditam que medidas cautelares drásticas não devem ser adotadas agora.

No entanto, o cenário é volátil. Qualquer nova evidência ou contradição pode reabrir o debate sobre medidas mais duras contra o ex-presidente.

A frase que inflamou as redes

Em um intervalo do depoimento, Bolsonaro foi direto ao ser questionado sobre os rumores de prisão:
“Não me preparo para prisão.”

A resposta, curta e afiada, viralizou nas redes sociais e ganhou as manchetes dos principais jornais do país. Para os aliados, foi uma demonstração de força e confiança. Para os críticos, um tom debochado que desafia as instituições.

A frase reacendeu discussões sobre o futuro político de Bolsonaro, que, mesmo envolvido em múltiplas investigações, continua com uma base de apoio sólida e militante.

O que esperar nos próximos dias?

O depoimento desta terça pode se tornar um marco no andamento da investigação. Ao negar qualquer ação golpista e reiterar o discurso de que seguiu a Constituição, Bolsonaro e sua equipe tentam desconstruir o cenário que o coloca como mentor de um golpe.

Por outro lado, o inquérito segue em andamento, com novas diligências, coletas de provas e depoimentos agendados. O STF ainda está longe de um desfecho definitivo.

Enquanto isso, no campo político, cresce a pressão por respostas claras e rápidas. O Brasil continua dividido, e o cerco ao ex-presidente, mesmo que lento, segue apertando por todos os lados.

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