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No meio da noite, o horror: ataque aéreo destrói escola e deixa vítimas

No silêncio ainda úmido da madrugada em Gaza, o que deveria ser um lugar de proteção tornou-se palco de devastação. Na madrugada desta segunda-feira (26), uma escola localizada no bairro de Daraj, na Cidade de Gaza, foi atingida por um ataque aéreo israelense. O prédio, que abrigava dezenas de famílias deslocadas pela guerra, foi reduzido a escombros em segundos.

As cenas que emergem dos destroços não são apenas difíceis de assistir — elas são impossíveis de esquecer. Corpos carbonizados, gritos de desespero cortando o ar e crianças cobertas de poeira e sangue sendo resgatadas nos braços de voluntários que tentam, entre lágrimas e gritos, encontrar vida entre os escombros.

Pelo menos 20 pessoas perderam a vida, entre elas mulheres e crianças, de acordo com autoridades locais. Outras dezenas ficaram feridas, muitas em estado grave. As informações foram repassadas à agência Reuters por fontes da saúde e equipes de resgate que atuam sob condições extremamente precárias.

Uma escola, um símbolo — e agora, uma cicatriz

A escola onde o ataque aconteceu servia como abrigo para famílias que já haviam perdido tudo: suas casas, seus entes queridos, sua rotina. Ali, em salas de aula silenciosas, pessoas buscavam refúgio. Crianças dormiam em colchonetes improvisados. Mães tentavam manter a esperança acesa. Pais dividiam pedaços de pão entre os filhos. Era, antes de tudo, um espaço de resistência humana.

Agora, esse espaço é apenas poeira, fumaça e dor.

Guerra além das armas: o impacto humano

Relatos de sobreviventes falam em pânico, em gritos abafados pela explosão, em corpos arremessados contra as paredes que ainda restavam em pé. Muitos não tiveram tempo de correr. Outros foram retirados das ruínas por mãos trêmulas e olhos cheios de medo. Voluntários e moradores da região se uniram aos esforços de resgate, mesmo sem equipamentos, mesmo sob risco de novos ataques.

Enquanto o mundo discute geopolítica, diplomacia e retaliações, vidas como a de uma menina de cinco anos, que dormia com o irmão em um dos corredores da escola, simplesmente se apagam. E o que dizer à mãe que sobreviveu, mas perdeu os três filhos em um único instante?

É hora de perguntar: até quando?

Este não é apenas mais um número em uma estatística de guerra. São 20 histórias que foram interrompidas. São dezenas de outras marcadas por traumas físicos e emocionais irreversíveis. Quando escolas viram alvos, quando crianças morrem dormindo, a pergunta que ecoa é inevitável: até quando a humanidade permitirá que o inaceitável se torne rotina?

Em meio ao luto, cresce o apelo por cessar-fogo, por respeito aos direitos humanos, por ações humanitárias reais e urgentes. A guerra em Gaza já deixou milhares de mortos e feridos, e os alvos civis — que deveriam ser preservados — continuam sendo atingidos.

No meio dos escombros, ainda resta o clamor por vida

Apesar da destruição, o povo de Gaza resiste. Resiste com as mãos, com os olhos, com a memória de quem foi e com a esperança de quem ainda sonha com um dia em paz. O ataque à escola em Daraj é um retrato cruel da face mais sombria dos conflitos armados. Mas também é um lembrete de que a empatia e a solidariedade não podem ser caladas.

Que esse grito de dor atravesse fronteiras, e que o mundo não apenas assista — mas se levante. Pela vida. Pela dignidade. Pela paz.

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