Vaticano rompe o silêncio e entrega verdadeiro motivo da causa da morte do papa Francisco

Na tarde dessa segunda-feira (21/4), o Vaticano divulgou as causas da morte do papa Francisco. De acordo com um comunicado oficial da Santa Sé, o falecimento foi causado por um AVC cerebral, um coma profundo e colapso cardiocirculatório irreversível. O papa estava em recuperação em sua residência, após mais de um mês internado, devido a uma pneumonia grave que havia o acometido.
O documento também explicou que o estado de saúde de Francisco piorou devido a um episódio recente de insuficiência respiratória aguda, resultado de uma pneumonia multimicrobiana bilateral. Além disso, o pontífice enfrentava complicações como bronquiectasias múltiplas, pressão alta e diabetes tipo II, que agravaram ainda mais seu quadro.
O texto, assinado pelo professor Andrea Arcangeli, diretor do Departamento de Saúde e Higiene do Vaticano, declara: “Declaro que as causas da morte, segundo meu conhecimento e consciência, são as acima indicadas”. O comunicado foi confirmado pelo cardeal Kevin Farrell, que também anunciou que o papa faleceu em sua residência, no apartamento da Domus Santa Marta, por volta das 7h35 (horário de Roma).
A mesma segunda-feira, dia 21 de abril, foi marcada pela cerimônia de constatação da morte, que é um rito oficial. Em seguida, o corpo de Francisco foi preparado para ser colocado no caixão. O papa, enquanto ainda estava vivo, já havia aprovado uma mudança nos ritos funerários papais, com a intenção de torná-los mais simples e flexíveis. Essa nova resolução dispensa a tradicional exigência de que os papas sejam enterrados em três caixões de materiais específicos – chipre, chumbo e carvalho. Em vez disso, Francisco havia escolhido ser sepultado em um caixão simples de madeira e em uma igreja fora do Vaticano.
Vale lembrar que, ao longo de sua vida, o papa Francisco sempre se mostrou uma pessoa muito preocupada com os mais pobres e com a simplicidade. Ele buscava simplificar muitos dos rituais e estruturas da Igreja, trazendo uma visão mais acessível e humana para o papado. Essa atitude se refletiu até em sua própria escolha sobre como seria seu sepultamento, algo que fugia das tradições mais pomposas da Igreja.
A morte de Francisco deixou uma sensação de perda no mundo inteiro, especialmente entre seus seguidores e nas comunidades mais carentes que ele tanto defendia. Além disso, o pontífice deixa um legado de reformas importantes, muitas vezes voltadas para a inclusão e a busca por uma Igreja mais acolhedora. Seu falecimento marca o fim de um período de transformações na Igreja Católica, mas também abre um novo capítulo, que provavelmente será pautado pela continuidade das mudanças que ele iniciou.
Ainda não se sabe quem será o sucessor de Francisco, mas a expectativa é de que o processo de eleição de um novo papa siga seu curso nos próximos dias. O Vaticano, assim como a Igreja Católica, vive um momento de luto, mas também de reflexão sobre o caminho que será seguido. O papa Francisco, sem dúvida, deixa uma marca que perdurará por muitos anos.